sábado, 16 de fevereiro de 2013

Cartilha do governo ensinando quem abortar?


O Ministério da Saúde criou uma cartilha de 10 páginas - Protocolo Misoprostol, explicando detalhadamente como fazer uso deste medicamento (Cytotec - já proibido por lei) para "Indução de aborto legal" p.3 " Indução do parto com feto vivo" p. 9 e assim por diante.
O que nos chama a atenção são as contradições e incoerências:
I - Cartilha direcionada a especialistas na área da saúde, sendo que a tiragem foi muito superior ao número de profissionais citados;
II - Explicações acerca do uso de um medicamento proibido por lei.
III - "Indução do parto com feto vivo" (...) "Se não houver resultado, repetir as doses no dia seguinte" (p.9). Na necessidade de induzir o parto, a mãe e o bebê podem esperar 48h?

Fico a perguntar qual foi a real necessidade do Ministério da Saúde formular e distribuir esta cartilha.
O governo quer de fato ensinar a quem abortar? Aos médicos ou as gestantes? 
A intenção do Protocolo Misoprostol  seria?:

* o despreparo dos especialistas na área da saúde da mulher? (um grande problema que nos preocupa ainda mais);
* afirmar a política do aborto legal? (a cartilha "Atenção Humanizada ao Abortamento: norma técnica (2011) já cumpre bem esse papel);
* ou seria (como estão divulgando aos 4 ventos) uma campanha dissimulada de incentivo ao aborto?

Quanto ao aborto, tenho minhas convicções pessoais e profissionais a respeito.
Como Assistente Social formada, esclarecida e humanizada, compreendo e respeito a angústia de uma mulher que tem no ventre o fruto de uma violência sexual; entendo o medo e a dor da sombra da morte sobre um ventre onde o feto possuí uma anomalia e até mesmo no caso de risco de morte da gestante. Nessas condições (do aborto legal) profissionalmente, eu concordo com o aborto . Pois como profissional, não  me conferi o direito de decidir pelos usuários. Posso apenas orientá-los acerca de suas ações.
No entanto, particularmente, eu não concordo com o aborto, pois creio em um Deus onisciente, onipresente e onipotente. E Este Deus pode transformar todas as coisas em si mesmo.
A bíblia nos assegura que Deus estará conosco sempre: “Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” (Isaías 43; 2).
Uma criança gerada a partir de uma violência sexual e sua vitimada mãe, são alvos do incondicional amor de Deus.
Um feto com anomalias ou uma gestante com risco de morte, podem ser agraciadas pelo milagre da vida. E ainda que venham a óbito, cumpriram sua missão, seu destino.
Ressalto também, que existem vários métodos anticoncepcionais (alguns tidos até como abortivos, mas seria outro assunto) que evitam a gravidez indesejada, inclusive nos casos de violência.

*A população brasileira, reforço algumas falas:

§"o que não tem remédio, remediado está"
§ "sexo seguro é sexo depois do casamento"
§ "onde come um, comem dois" (alimentação é claro [risos])
§ "Deus escreve certo por linhas certas, nós é que não sabemos ler"

*Quanto ao governo brasileiro fica meu apelo:

§ façam e distribuam cartilhas ensinando o povo brasileiro a: ganhar dinheiro, sair das drogas, combater a violência, ter boas maneiras etc.





Um comentário:

  1. É lamentável que um país com tantas conquistas sociais, econômica, política... se preste a um papel deste, julgando-se como um projeto moderno e democrático.

    Cartilha para ensino do aborto, será democratização do conhecimento ou a liberalidade de uma prática extremamente questionável?
    Quando veremos a elaboração e divulgação de ferramentas e metodologias para o desenvolvimento da VERDADEIRA EDUCAÇÃO? Aquela composta não apenas por ciências e linguagens, mas sobretudo participante na formação de cidadãos.
    Talvez neste tempo, não teremos mais que ver e ouvir, propagandas nos meios de comunicação "ensinando" que não se deve urinar na rua, ingerir bebida alcoólica e dirigir; e quem sabe teremos governantes capacitados a gerir uma população e uma população capaz de discernir a cerca dos diversos elementos que compõe a sociedade, sem que seja apenas bombardeada por uma gama de cartilhas e manuais que não se aplicam a realidade heterogênea da mesma.

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