O Ministério da Saúde criou uma cartilha de 10 páginas - Protocolo Misoprostol, explicando detalhadamente como fazer uso deste medicamento (Cytotec - já proibido por lei) para "Indução de aborto legal" p.3 " Indução do parto com feto vivo" p. 9 e assim por diante.
O que nos chama a atenção são as contradições e incoerências:
I - Cartilha direcionada a especialistas na área da saúde, sendo que a tiragem foi muito superior ao número de profissionais citados;
II - Explicações acerca do uso de um medicamento proibido por lei.
III - "Indução do parto com feto vivo" (...) "Se não houver resultado, repetir as doses no dia seguinte" (p.9). Na necessidade de induzir o parto, a mãe e o bebê podem esperar 48h?
Fico a perguntar qual foi a real necessidade do Ministério da Saúde formular e distribuir esta cartilha.
O governo quer de fato ensinar a quem abortar? Aos médicos ou as gestantes?
* o despreparo dos especialistas na área da saúde da mulher? (um grande problema que nos preocupa ainda mais);
* ou seria (como estão divulgando aos 4 ventos) uma campanha dissimulada de incentivo ao aborto?
Quanto ao aborto, tenho minhas convicções pessoais e profissionais a respeito.
Como Assistente Social formada, esclarecida e humanizada, compreendo e respeito a angústia de uma mulher que tem no ventre o fruto de uma violência sexual; entendo o medo e a dor da sombra da morte sobre um ventre onde o feto possuí uma anomalia e até mesmo no caso de risco de morte da gestante. Nessas condições (do aborto legal) profissionalmente, eu concordo com o aborto . Pois como profissional, não me conferi o direito de decidir pelos usuários. Posso apenas orientá-los acerca de suas ações.
No entanto, particularmente, eu não concordo com o aborto, pois creio em um Deus onisciente, onipresente e onipotente. E Este Deus pode transformar todas as coisas em si mesmo.
A bíblia nos assegura que Deus estará conosco sempre: “Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” (Isaías 43; 2).
Uma criança gerada a partir de uma violência sexual e sua vitimada mãe, são alvos do incondicional amor de Deus.
Um feto com anomalias ou uma gestante com risco de morte, podem ser agraciadas pelo milagre da vida. E ainda que venham a óbito, cumpriram sua missão, seu destino.
Ressalto também, que existem vários métodos anticoncepcionais (alguns tidos até como abortivos, mas seria outro assunto) que evitam a gravidez indesejada, inclusive nos casos de violência.
*A população brasileira, reforço algumas falas:
§"o que não tem remédio, remediado está"
§ "sexo seguro é sexo depois do casamento"
§ "onde come um, comem dois" (alimentação é claro [risos])
§ "Deus escreve certo por linhas certas, nós é que não sabemos ler"
*Quanto ao governo brasileiro fica meu apelo:
§ façam e distribuam cartilhas ensinando o povo brasileiro a: ganhar dinheiro, sair das drogas, combater a violência, ter boas maneiras etc.